Por Renato Vargens
A secretária da minha igreja acabou de me ligar a apavorada com um convite que recebi. Um grupo que trabalha com treinamento de líderes, me convidou para participar de um evento em Israel onde após um curso intensivo me tornaria apóstolo. Segundo eles, bastaria com que eu levantasse 24 mantenedores com R$ 39,00 mensais, que eu teria os recursos necessários para realizar a viagem que faria de mim um apóstolo de Cristo.
Sinceramente ao receber o convite não sabia se ria ou chorava de desgosto. Por favor alguém me diga que loucura é essa? Para onde a Igreja de Cristo está indo?
Ora, Eu não quero ser apóstolo! Eu não preciso deste titulo. Eu não creio na doutrina apostólica dos neopentecostais! Eu não creio nos apóstolos modernos! Eu não quero e nem desejo colocar-me acima das Escrituras! Eu não quero fazer parte dos ungidos de GEZUIS.
Prezado amigo, lamentavelmente para muitos tornar-se apóstolo é o ápice ministerial! Infelizmente a cada novo dia, novos líderes apostólicos são consagrados ao "ministério dos especiais" tomando para si prerrogativas que não lhes pertencem por direito.
Ao contrário destes eu prefiro continuar sendo o que sou, um simples servo de Cristo, mesmo porque, não possuo os atributos necessários ao ministério apostólico.
A minha adoração não é extravagante, meus louvores não são repetitivos, não canto músicas para o diabo, nem tampouco sou levita do Senhor.
Não demarco territórios com urina, não tenho a unção do leão, nem troco o anjo da guarda. Não sou dualista, muito menos maniqueísta. Não dou ordens a Deus, nem tampouco determino através de atos proféticos o que o Soberano tem que fazer.
Não sou judaizante, não toco shofar, não possuo réplicas da arca e do tabernáculo em minha igreja, como também não sou adepto do retété de Jeová.
Não ando com cajado na mão, não tenho a unção do riso, não creio em galo que profetiza, nem meus sapatos são de fogo.
Não fui arrebatado ao terceiro céu, nem tampouco tive uma nova e especial revelação. Não uso sal grosso para espantar mal olhado, não saio por aí ungindo objetos inanimados, nem tampouco sincretizo o evangelho do meu Salvador. Não manipulo anjos, não comercializo a fé, não vendo indulgências. Não prego a graça barata, nem tenho por hábito quebrar maldições.
Não sou rico, meu carro é usado, meus ternos são nacionais e não sou adepto da confissão positiva.
Graças a Deus que nada sou.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens
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Na minha opinião, essa é a atitude que todo pastor sério deveria ter. Mas são raros os que pensam assim.
Alex Martins
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Na minha opinião, essa é a atitude que todo pastor sério deveria ter. Mas são raros os que pensam assim.
Alex Martins