No dia das manifestações em todo o Brasil 13/03/16, Ed René Kivitz fala qual tipo de militância um cristão deve ter.
Êxodo 20.17
por Ed René Kivitz no dia 13 de Março de 2016.
Destaques
"...Enquanto ensinarmos que o mundo é um lugar a ser evitado, que as mazelas humanas são fruto da ausência de Deus, que Deus não ouve os pecadores, que só a igreja evangélica é que detém os "diretos autorais" da salvação, que ser forte e inabalável é sinônimo de fé e que ser pecador é ser inimigo de Deus então ainda não entendemos o plano da salvação e o evangelho de cristo rebaixado apenas á mais uma religião...."
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quarta-feira, 16 de março de 2016
Respostas cristãs para uma crise social
segunda-feira, 7 de março de 2016
Porque as pessoas procuram uma religião?
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Mensagem: Como ser cristão sem ser religioso
Como ser cristão sem ser religioso
terça-feira, 15 de setembro de 2015
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Sete trombetas e uma taça
Essa é mais uma mensagem daquelas que nos estimulam a orar e nos coloca na posição de totalmente dependentes de Deus.
Muito boa
Para uma outra excelente mensagem sobre oração clique aqui
Muito boa
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quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Um pastor, um ateu, um católico e uma agnóstica.
Um pastor, um ateu, um católico e uma agnóstica.
Luiz Felipe Pondé conversa com o teólogo Ed René Kivitz, o gerente de TI ateu Jaime Alves, o católico praticante Italo Fasanella e Ma Dhyan Bavhia, adepta da meditação.
Falar de religião é uma forma de interrogar sobre a condição humana; é caminhar entre a fé e a razão. Hoje se discute Deus com palavras de ordem e frases feitas. Definitivamente perdemos de vista a tradição que as grandes religiões carregam.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Entrevista Ed Rene Kivitz a BBC
Na semana passada, uma série de denúncias de ataques contra membros e templos de religiões de matriz africana e espíritas tomou a mídia. Em um dos casos mais graves, uma menina candomblecista de 11 anos foi agredida a pedradas na saída de um culto no Rio de Janeiro, o que fez com que o tema da intolerância religiosa voltasse a preocupar lideranças de diferentes matizes.
Sexta-feira, também no Rio de Janeiro, um médium foi encontrado morto com sinais de espancamento, em um caso que ainda não foi esclarecido.
Na opinião de Ed René Kivitz, de 51 anos, que há 26 atua como pastor da Igreja Batista, o momento é de "muita preocupação".
Formado em Teologia e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, Kivitz, que integra o movimento Missão Integral - que congrega diferentes lideranças evangélicas - questiona os argumentos do que considera como algumas "lideranças extremistas".
Para ele, o tom bélico assumido por alguns políticos de origem evangélica e alguns pastores que se utilizam dos meios de comunicação de massa - do "nós contra eles" - cria um "clima propício para que gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida dê vazão ao seus impulsos de violência e de rejeição ao próximo".
Em entrevista à BBC Brasil, Kivitz se disse a favor dos direitos LGBTs, por entender "que são cidadãos, independentemente da minha concordância com a orientação sexual ou a identidade de gênero que eles têm" e contra a redução da maioridade penal. Sobre o aborto, manifestou-se contrário, mas "a favor de uma melhor compreensão da legislação em termos de saúde pública e da preservação da mulher".
O pastor, que vem se articulando com colegas de diferentes Estados, diz que "a face evangélica que está exposta para o imaginário coletivo do brasileiro é a face mais grotesca, mais triste, e que não representa a índole da Igreja Evangélica brasileira".
Com seu trabalho, ele diz buscar espaço para mostrar um lado mais "ponderado, inclusivo e progressista" dos evangélicos.
Veja os principais trechos da entrevista:
BBC Brasil - Como membro da Igreja Batista, como o senhor vê os casos recentes de intolerância religiosa ocorridos no Rio de Janeiro? É algo que preocupa? Na sua visão, como os líderes evangélicos deveriam se posicionar?
Ed René Kivitz - Me preocupo muito com a questão da intolerância religiosa sim, embora eu ache que no Brasil isso seja muito localizado, e faça parte de um momento, de um recorte de tempo muito específico que estamos vivendo. Não faz parte da índole do povo brasileiro, e nem da índole cristã, quer seja católica ou evangélica, e evidentemente não faz parte da índole do Evangelho.
Eu acho que é algo isolado, mas preocupante também para a imagem da Igreja Evangélica, que está sofrendo muito por conta dessas lideranças radicais que estão construindo no imaginário da sociedade brasileira uma ideia do ser evangélico que não corresponde à grande parcela da nossa população que se identifica como evangélica.

BBC Brasil - Críticos argumentam que estas lideranças evangélicas que defendem de forma mais acirrada sua agenda moral estariam alimentando um "discurso de ódio" no país. Embora não se possa afirmar isto, o senhor acredita que pessoas com maior tendência à intolerância religiosa possam estar encontrando amparo nestas posições, ao verem figuras influentes no cenário nacional mantendo uma ideologia de confronto e não de conciliação com relação a grupos com visões diferentes, sejam estes grupos de outras religiões, LGBTs, defensores do aborto, minorias, etc?
Kivitz - É preocupante ter uma liderança expressiva desenvolvendo um discurso de "nós contra eles", um verdadeiro contrassenso para uma liderança religiosa, já que não se tolera isso nem de uma torcida organizada de futebol, que dirá de uma figura tida como um orientador, um guia espiritual.
Quando você encontra uma liderança com este discurso, você cria um ambiente propício para que gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida dê vazão ao seus impulsos de violência, de rejeição ao próximo, aos seus ímpetos de prepotência, à sua ambição e sede de poder, à sua personalidade opressiva.
Enfim, não é difícil, quando você cria este ambiente bélico, que pessoas extremadas se sintam legitimadas para os seus atos inadmissíveis. Eu acho que é isso que está acontecendo no nosso país, e acho que infelizmente deve-se fazer este registro que não são os líderes religiosos que incitam ao ódio. Essa expressão é abominável, ela precisa ser riscada do nossos textos. Não é possível que um líder religioso, em sã consciência, esteja incitando o ódio, isso é um tiro no pé.
Mas sim, um discurso bélico, um discurso de confronto, no lugar de um discurso de reconciliação, cria, de fato, um ambiente onde as manifestações violentas tendem a ser legitimadas, ainda que isso seja inconcebível.
BBC Brasil - Sobre os casos ocorridos no Rio de Janeiro, o senhor tem algum posicionamento específico? A menina atacada com pedradas deveria ter sido recebida por mais líderes evangélicos, por exemplo, e não só pelo arcebispo da Igreja Católica e pelo prefeito Eduardo Paes?
Kivitz - Eu recebi a informação de que o pastor da Igreja Batista da Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, cancelou as atividades no domingo e encorajou os fiéis a participarem de uma marcha a favor da tolerância religiosa.
O que eu acho é que nós deveríamos dar mais destaque, na mídia, para essas iniciativas de paz e de aproximação. Eu não estou dizendo que deveríamos ocultar os fatos, mas sim que a imprensa deveria dar menos linhas para os fatos ruins e mais linhas para os atos que buscam construir uma sociedade melhor. Outro grupo evangélico do Rio se uniu recentemente para ajudar na reconstrução de um centro de religiões africanas que havia sido queimado por grupos intolerantes, algo pouco noticiado, por exemplo.
BBC Brasil - Caso este momento de tensão continue se expandindo no Brasil, com a atuação da bancada evangélica no Congresso, embates de líderes religiosos com figuras da mídia e grupos LGBT, e discussões polêmicas como a criminalização da homofobia, liberação do aborto e redução da maioridade penal, como o senhor avalia as chances de um maior diálogo a curto e longo prazos?
Kivitz - Para termos um país que possa se considerar legitimamente democrático e republicano, temos que fortalecer tanto as nossas instituições políticas como a participação popular. Temos que valorizar os movimentos sociais, aplicar a lei com vigor a todo ato criminoso, de qualquer natureza e praticado por quem quer que seja. Acho crucial que exista também um estado de alerta na sociedade brasileira, que se levante contra todo e qualquer grupo que pretenda um controle hegemônico.
Quando eu digo um controle hegemônico, quero dizer que uma sociedade se constrói dando vez e voz a todas as formas de expressão de crenças, de culturas, de interesses de grupo. Você não pode permitir que a bancada evangélica seja hegemônica no Congresso, da mesma forma que você não pode permitir que a bancada do PT seja hegemônica. Nós não queremos um país governado por um grupo, por uma cultura ou por uma crença. Nós não queremos um país controlado por uma maioria muçulmana, mas também não queremos um país governado por uma maioria evangélica.
É nisso que eu acho que no Brasil ainda não amadureceu. As pessoas não entendem que quando um deputado evangélico chega à Câmara em Brasília, ele deveria deixar de ser evangélico e se tornar um defensor da cidadania. Claro que ele tem todos os seus valores, convicções religiosas e opções ideológicas, mas ele não está lá para defender a cabeça dele, nem o segmento da sociedade que o colocou lá.
Quando você tem uma sociedade em que um grupo pretende tomar de assalto a voz de todos e impor a sua agenda sobre todos, isso não é uma sociedade democrática, mas sim uma ditadura conquistada no voto. Então a gente tem que bater forte em todo grupo que se pretenda hegemônico, seja ele político, religioso, ou qual for. Inclusive a militância LGBT, que tem que compreender que tem seus direitos, e quem não concorda com ela também tem seus direitos, isso é democracia.
BBC Brasil - Diante dos seus argumentos é inevitável questioná-lo sobre os posicionamentos do atual presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que vem protagonizando debates e encampando abertamente a defesa de temas, ao afirmar que a discussão sobre o aborto só ocorreria "sobre seu cadáver" e colocando-se contrário ao casamento gay e a favor da redução da maioridade penal, além de divulgar abertamente sua "agenda da família", conjunto de valores morais base de sua campanha. Como o senhor avalia a influência de um presidente de um Parlamento democrático com estes posicionamentos num país tão polarizado como o Brasil neste momento?
Kivitz - Em vista de tudo que falei anteriormente, este tipo de posicionamento jamais deveria ocorrer, e não coopera em nada com o amadurecimento de uma sociedade democrática.
O voto não é o caminho para que a vontade da maioria se sobreponha à da minoria. O voto deveria ser o exercício do cidadão em discernir o que é melhor para o todo da sociedade, e não para fazer valer o seu ponto de vista sobre esta sociedade.
É este amadurecimento democrático que nós no Brasil ainda não temos e que os nossos líderes políticos não cooperam em nada para desenvolver. Ou seja, eu não posso votar num candidato apenas levando em conta se sou contra ou a favor do aborto, mas sim pensando no que seria um posicionamento justo para a sociedade brasileira com relação à legislação que trata do aborto.
Ao insistir em defender o ponto de vista do seu grupo, você fica num cabo de guerra constante, um puxando para um lado, e o outro puxando para o outro, e não se chega a lugar nenhum, perpetuando-se a relação "nós contra eles".
Quando você tem um presidente do Parlamento tentando impor sobre a sociedade o seu ponto de vista e o ponto de vista do seu grupo, ele não tem índole democrática. Ele não está pensando no bem da sociedade, mas sim apenas na vitória da sua ideologia ou da sua convicção religiosa. Isso contraria inclusive a origem e a história do Protestantismo, que nasce com a defesa da liberdade de consciência, da separação entre Igreja e Estado, a valorização dos direitos individuais, e a luta pela liberdade de expressão. É muito triste ver um líder religioso completamente dissociado do movimento que lhe dá respaldo.
Em outras palavras, essas lideranças evangélicas que estão presentes na mídia e no cenário político brasileiros merecem a hashtag #nãomerepresentam.
BBC Brasil - Neste processo, é possível competir com lideranças evangélicas que compram espaços de emissoras de televisão, o meio de comunicação que ainda exerce maior influência de massa sobre a população brasileira?
Kivitz - A TV no Brasil, de forma geral, ainda se preocupa muito mais com o circo, o sensacional, os embates e os extremos, do que com o diálogo e a discussão construtiva. A mídia tem um papel muito forte nisso. Os movimentos LGBT, por exemplo, são pintados sempre como mocinhos, e os evangélicos todos demonizados como homofóbicos, o que é uma inverdade. Há evangélicos a favor desses direitos, e há extremistas dos dois lados do debate. Mas para o circo da mídia não interessa colocar gente moderada dos dois lados conversando. A face evangélica que está exposta para o imaginário coletivo do brasileiro é a face mais grotesca, mais triste, e que não representa a índole da igreja evangélica brasileira, com a mais absoluta certeza.
Quanto ao espaço comprado por lideranças extremistas, é uma arma poderosa e uma luta desigual, porque estes espaços custam milhões e sabe-se que para conseguir estes milhões, essas lideranças com flexibilidade ética e moral conseguem mais fácil do que aqueles que têm uma consciência moral e respeitosa não só aos seus princípios religiosos e espirituais, como também à massa e à população brasileira.
BBC Brasil - O que podemos esperar a médio e longo prazos deste cenário atual no país? Que papel outras lideranças evangélicas podem assumir neste debate?
Kivitz - Eu gostaria de sublinhar que a liderança evangélica que me representa é uma minoria também. Quando eu ouço as minorias lutando pelos seus direitos e mais respeito às suas vozes, eu me identifico. Sejam os movimentos dos negros, dos LGBTs, das mulheres, dos trabalhadores sem-terra.
Eu também sou uma liderança evangélica que precisa lutar por reconhecimento e espaço, e que muitas vezes sequer é ouvida pela sociedade, como se a Igreja Evangélica fosse uma coisa só, esta coisa apresentada pelos extremistas.
E aí nós fazemos um barulho que, perto dessa estratégica de massa dos radicais, é pequeno, mas ele existe. Por exemplo, nós estamos nos mobilizando contra a redução da maioridade penal, contra o trabalho escravo, pela valorização da criança. Existe uma Igreja Evangélica diferente aí, trabalhando pela sociedade. E há igrejas evangélicas que são uma poderosa ferramenta de transformação social nas periferias de todo o Brasil, isto também precisa ser lembrado.
segunda-feira, 9 de março de 2015
SEM CONTABILIDADE - (Deus, Créditos e Débitos)
“Para escrever esta crônica, preciso de dois fios que deixei soltos. Porque eu escrevo como os tecelões que tecem seus tapetes trançando fios de linha. Também eu tranço fios. Só que de palavras.
O primeiro fio saiu do corpo de uma aranha de nome Alberto Caeiro. (Aranha, sim. Tecemos teias de palavras como casas de morar sobre o abismo.) Disse: O essencial é saber ver (…) Mas isso (…), Isso exige um estudo profundo, Uma aprendizagem de desaprender (…) Procuro despir-me do que aprendi, Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, E raspar a tinta que me pintaram os sentidos.
Volta-me à memória o meu amigo raspando a tinta das paredes da casa centenária que comprara, tantas tinham sido as demãos, cada morador a pintara de uma cor nova sobre a cor antiga. Mas ele a amou como uma nova namorada. Não queria por vestido novo sobre vestido velho. Queria vê-la nua. Foi necessário um longo striptease, raspagens sucessivas, até que ela, nua, mostrasse seu corpo original: pinho-de-riga marfim com sinuosas listras marrom.
Nós. Casas. Vão-nos pintando pela vida afora até que memória não mais existe do nosso corpo original. O rosto? Perdido. Máscara de palavras. Quem somos? Não sabemos. Para saber é preciso esquecer, desaperender.
Segunda aranha, segundo fio, Bernardo Soares: nós só vemos aquilo que somos. Ingênuos, pensamos que os olhos são puros, dignos de confiança, que eles realmente veem as coisas tais como são. Puro engano. Os olhos são pintores: pintam o mundo de fora com as cores que moram dentro deles. Olho luminoso vê mundo colorido; olho trevoso vê mundo negro.
Nem Deus escapou. Mistério tão grande que ninguém jamais viu, e até se interditou aos homens fazer sobre ele qualquer exercício de pintura, segundo mandamento – “Não farás para ti imagem” -, tendo sido proibido até, com pena de morte, que seu nome fosse pronunciado. Mas os homens desobedeceram. Desandaram a pintar o grande mistério como quem pinta casa. E, a cada nova demão de tinta, mais o mistério se parecia com a cara daqueles que o pintavam. Até que o mistério desapareceu, sumiu, foi esquecido, enterrado sob as montanhas de palavras que os homens empilharam sobre o vazio. Cada um pintou Deus do seu jeito.
Disse Angelus Silesius:
O olho através do qual Deus me vê é o mesmo através do qual eu o vejo. E assim Deus virou vingador que administra um inferno, inimigo da vida que ordena a morte, eunuco que ordena a abstinência, juiz que condena, carrasco que mata, banqueiro que executa débitos, inquisidor que acende fogueiras, guerreiro que mata os inimigos, igualzinho aos pintores que o pintaram.
E aqui estamos nós diante desse mural milenar gigantesco, onde foram pintados rostos que os religiosos dizem ser rostos de Deus. Cruz-credo. Exorcizo. Deus não pode ser assim tão feio. Deus tem de ser bonito. Feio é o cramulhão, o cão, o coisa-ruim, o demo. Retratos de quem pintou, isso sim. Menos que caricatura. Caricatura tem parecença. Máscaras. Ídolos. Para se voltar a Deus, é preciso esquecer, esquecer muito, desaprender o aprendido, raspar a tinta…
Os que não perderam a memória do mistério se horrorizaram diante dessa ousadia humana. Denunciaram. Houve um que gritou que Deus está morto. claro. Ele não conseguia encontrá-lo naquele quarto de horrores. Gritou que nós éramos assassinos de Deus. Foi acusado de ateu. Mas o que ele queria, de verdade, era quebrar todas aquelas máscaras para poder de novo contemplar o mistério infinito.
Outro que fez isso foi Jesus. “Ouvistes o que foi dito aos antigos; eu porém vos digo…” O deus pintado nas paredes do templo não combinava com o Deus que Jesus via. O deus sobre o qual ele falava era horrível às pessoas boas e defensoras dos bons costumes. Dizia que as meretrizes entrariam no reino à frente dos religiosos. Que os beatos eram sepulcros caiados: por fora brancura, por dentro fedor. Que o amor vale mais que a lei. Que as crianças são mais divinas que os adultos. Que Deus não precisa de lugares sagrados – cada ser humano é um altar, onde quer que esteja.
E ele fazia isso de forma mansa. Contava estórias. A uma delas, os pintores de parede deram o nome de Parábola do Filho Pródigo. é sobre um pai e dois filhos. Um deles, o mais velho, todo certo, de acordo com o figurino, cumpridor de todos os deveres, trabalhador.
O outro, mais novo, malandro, gastador irresponsável. Pegou a sua parte da herança adiantada e se mandou pelo mundo, caindo na farra e gastando tudo. Acabou o dinheiro, veio a fome, foi tomar conta de porcos. Aí se lembrou da casa paterna e pensou que lá os trabalhadores passavam melhor do que ele. Imaginou que o pai bem que poderia aceitá-lo como trabalhador, já que não merecia mais ser tido como filho. Voltou. O pai o viu de longe. Saiu correndo ao seu encontro, abraçou-o e ordenou uma grande festa, com música e churrasco. Para os pintores de parede, a estória poderia ter terminado aqui. Boa estória para exortar os pecadores a se arrepender. Deus perdoa sempre. Mas não é nada disso. Tem a parte do irmão mais velho. Voltou do trabalho, ouviu a música, sentiu o cheiro de churrasco, ficou sabendo do que acontecia, ficou furioso com o pai, ofendido, e com razão. Seu pai não fazia distinção entre credores e devedores. Fosse o pai como um confessor e o filho gastador teria, pelo menos, de cumprir uma penitência.
A parábola termina num diálogo entre o pai e o filho justo. Mas o suspense se resolve se entendermos as conversas havidas entre eles. Disse o filho mais moço: – Pai, peguei o dinheiro adiantado e gastei tudo. Eu sou devedor, tu és credor. Respondeu-lhe o pai: – Meu filho, eu não somos débitos. Disse o mais velho: – Pai, trabalhei duro, não recebi meus salários, não recebi minhas férias e jamais me deste um cabrito para me alegrar com os meus amigos. Eu sou credor, tu és devedor. Respondeu-lhe o pai: – Meu filho, eu não somo créditos.
Os dois filhos eram iguais um ao outro, iguais a nós: somavam débitos e créditos. O pai era diferente. Jesus pinta um rosto de Deus que a sabedoria humana não pode entender. Ele não faz contabilidade. Não soma nem virtudes nem pecados. Assim é o amor. Não tem porquês. Sem-razões. Ama porque ama. Não faz contabilidade nem do mal nem do bem. Com um Deus assim, o universo fica mais manso. E os medos se vão. Nome certo para a párábola: “Um pai que não sabe somar”. Ou: “Um pai que não tem memória”…
Essa mensagem de Ed René Kivitz fala exatamente sobre isso:
Deus, créditos e débitos, por Ed René Kivitz, no domingo 02 de Junho de 2013. -Lucas 15.11-32
sábado, 7 de fevereiro de 2015
Mensagem: Valorizando os pequenos começos - Ed René Kivitz
Uma mensagem que todo pastor e líder sério, de Deus, deveria ter coragem de pregar em sua comunidade.
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sábado, 10 de janeiro de 2015
TAMBÉM SOU ATEU
Por Ed Rene Kivitz
Ateu dos deuses que mandam matar.
Ateu dos deuses que se impõem pela força.
Ateu dos deuses que não estão abertos ao diálogo, que não conseguem conviver com o diverso, de tão melindrosos não aceitam o contraditório.
Ateu dos deuses que promovem os intolerância e abençoam os intolerantes.
Ateu dos deuses que sustentam regimes de segregação.
Ateu dos deuses que convocam militantes, esses insuportáveis fanáticos patrocinados por divindades que, porque não se sustentam por si, arregimentam soldadinhos sem crítica e auto-crítica.
Ateu dos deuses senhores da razão, mas sem coração.
Ateu dos deuses que exigem decapitações.
Ateus dos deuses cujo maior argumento está na ponta da baioneta, do cano quente da metralhadora, nos pregos retorcidos das bombas caseiras.
Ateu dos deuses que compram e vendem corpos, almas e consciências humanas.
Ateu dos deuses que se promovem pelo artificio da lavagem cerebral, o controle da informação, a distorção dos fatos, da propaganda enganosa e subliminar, e do patrulhamento truculento.
Ateu dos deuses que se escondem por trás das disputas geopolíticas, se digladiam pelo petróleo, se vinculam às demandas étnicas, e são sustentados por impérios econômicos.
Ateu dos deuses que cabem em cartilhas e códigos dogmáticos.
Ateu dos deuses que se satisfazem com rituais macabros, se embebedam no sangue dos sacrificados, e se alimentam de manjares podres.
Ateu dos deuses que cobram moedas pelo perdão, penitências pela misericórdia, e flagelos pela graça.
Ateu dos deuses que sentem prazer no assassinato de inocentes, e se alegram com o suplício dos pobres.
Ateu dos deuses cujos representantes vivem encastelados e são venerados como semi-deuses.
Ateu dos deuses que habitam mesquitas, sinagogas e templos.
Ateu dos deuses que não têm senso de humor, não conseguem rir com os críticos geniais que fazem teologia desenhando cartoons.
Ateu dos deuses que não se encaixam em realidades como amor, compaixão, solidariedade, generosidade, perdão, justiça e paz. Esses deuses, não creio que existam além da imaginação doentia de gente que precisa de Deus.
© 2015 Ed René Kivitz
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
MAIS ALGUMA PERGUNTA?
Por Ed René Kivitz

– Somos seguidores de Jesus Cristo.
– Então vocês são cristãos, como dizem por aí?
– Isso.
– Onde estão seus sacerdotes?
– Não temos sacerdotes.
– Mas todas as religiões têm seus homens sagrados.
– Isso nós temos.
– "Isso" o quê?
– Homens sagrados.
– Quantos são?
– Não fazemos a menor ideia.
– Como assim? Onde eles estão?
– Espalhados pelo mundo.
– Onde, por exemplo?
– Aqui.
– "Aqui" onde?
– Nós.
– "Nós" quem? Vocês?
– Isso.
– Ah, tá bom!
– …
– Quer dizer que vocês são os homens sagrados da religião de vocês.
– Não, não somos os homens sagrados da nossa religião. Somos apenas homens sagrados.
– Então vocês são sacerdotes?
– Mais ou menos.
– Mais ou menos como?
– Somos sacerdotes, mas não como você está pensando.
– E como eu estou pensando?
– Você está pensando que somos autoridades religiosas.
– E não são?
– Não.
– Por quê? Vocês são contra as autoridades?
– Não.
– Mas acabaram de dizer que não têm autoridades religiosas.
– Não, não foi isso o que dissemos. Você entendeu errado.
– Então o que é que vocês estão dizendo?
– Estamos dizendo que não somos autoridades religiosas.
– Mas são sacerdotes.
– Sim.
– Não estou entendendo.
– Não, não está.
– Então expliquem.
– Todos os seguidores de Jesus Cristo são sacerdotes.
– E quem é o maior entre vocês?
– Jesus Cristo.
– Mas ele está morto.
– Não, está vivo.
– "Vivo" como?
– Vivo, oras.
– Como "vivo, oras"?
– Vivo em nós, no meio de nós, sobre nós, exatamente aqui e agora.
– Aqui?
– Também.
– Em todo lugar?
– Isso.
– Somente Deus está em todo lugar.
– Então…
– Como assim? Vocês pensam que ele é Deus?
– Sim.
– Então vocês não são apenas seguidores de Jesus Cristo. Na verdade, são adoradores de Jesus Cristo.
– Isso.
– E onde fica o templo de vocês?
– Não temos templo.
– Como não têm templo?
– Não precisamos de templo.
– Por que não?
– Precisávamos de templo quando oferecíamos sacrifícios a Deus.
– E vocês não prestam mais culto ao seu deus?
– Daquele jeito, não.
– Que jeito?
– Sacrificando animais.
– E por que vocês não sacrificam mais ao seu deus?
– Nós sacrificamos.
– Mas acabaram de dizer que não oferecem mais sacrifícios de animais.
– Isso.
– "Isso" o quê?
– Não sacrificamos mais animais.
– E por que não?
– Porque não é mais necessário.
– E por que não é mais necessário?
– Porque Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
– Então vocês não precisam mais prestar culto ao seu deus?
– Você ainda não entendeu.
– Então expliquem!
– Não precisamos mais ir ao templo oferecer sacrifícios de animais. Mas isso não significa que não prestamos culto ao nosso Deus.
– E que tipo de sacrifício vocês oferecem ao deus de vocês?
– Nós mesmos.
– Como assim?
– A nossa vida toda é um sacrifício a Deus.
– Como assim?
– Tudo o que fazemos, fazemos para a glória do nosso Deus.
– "Tudo" o quê?
– Tudo. A vida toda é um culto a Deus.
– Tudo, tudo?
– Pelo menos é o que tentamos.
– Mas há uma coisa especial que vocês fazem como um ato de adoração ao seu deus?
– Sim e não.
– Como assim?
– Não, porque, como dissemos, tudo o que fazemos é ato de adoração. Porque na verdade não é o que fazemos ou deixamos de fazer que é o ato de adoração, mas nós mesmos, isto é, a nossa vida em si.
– Como assim?
– Você não ouviu a gente dizer que somos seguidores de Jesus Cristo?
– Sim. E daí?
– Daí que seguimos os passos dele. E se ele morreu, também morremos. E se ele ressuscitou pelo poder de Deus, nós também ressuscitamos. E agora não vivemos mais para nós mesmos, mas para o nosso Deus, que nos deu vida.
– Acho que estou entendendo.
– Mesmo?
– Sim. Vocês não têm sacerdotes, não têm templo, não oferecem sacrifícios de animais.
– Isso.
– Mas vocês têm uma coisa especial que fazem como ato de adoração ao seu deus?
– Sim e não.
– Já entendi a parte do "não". Vocês não têm uma coisa especial porque tudo o que fazem é adoração. Na verdade, vocês mesmos são o ato de adoração, porque agora vivem para o deus de vocês.
– Isso.
– Mas e a parte do "sim"?
– A parte do "sim" é que temos, sim, uma coisa especial que fazemos para o nosso Deus.
– O quê?
– Cuidamos das pessoas.
– Quais pessoas?
– Aquelas de quem somos próximos.
– Como assim? Quem são elas?
– Todas as que cruzam o nosso caminho.
– Eu, por exemplo?
– Sim, você.
– Mas, como assim, cuidam das pessoas como ato de adoração? Então vocês adoram as pessoas?
– Não, não é isso. É que vemos Jesus Cristo nas pessoas, especialmente naquelas que estão sofrendo, nas que têm fome, sede, estão presas, doentes, por exemplo.
– Acho que está ficando mais claro…
– Que bom que está entendendo.
– Deixa eu ver se entendi.
– Fala.
– Vocês não têm templo porque não precisam mais fazer sacrifícios, e por isso não precisam mais ir ao templo.
– Isso.
– Pelo mesmo motivo não têm sacerdotes, pois não precisam mais de pessoas que façam os sacrifícios por vocês, já que vocês, isto é, a vida de vocês é que é o sacrifício.
– Muito bem.
– De fato, tudo o que vocês fazem é para o deus de vocês, especialmente cuidar das pessoas que precisam.
– Isso.
– Tenho mais uma pergunta.
– Pois não.
– Qual é o dia sagrado de vocês?
– Também não temos.
– Vai dizer que vocês vivem desse jeito todos os dias?
– Nossos antepassados tinham um dia sagrado: o sábado. Mas isso era no tempo quando precisávamos ir ao templo levar os animais para que os nossos sacerdotes fizessem os sacrifícios. Agora que nos entregamos ao nosso Deus como sacrifício vivo, o verdadeiro ato de adoração é viver para ele.
– E como é que vocês vivem para Deus?
– Vivendo para o próximo.
– Então todos os dias são sagrados para vocês?
– Isso.
– Essas coisas que vocês disseram têm um nome?
– Explique melhor.
– Isso aí é o que chamam de Cristianismo?
– Não.
– Mas o Cristianismo não é a religião de Jesus Cristo?
– Não.
– Como não?
– Cristianismo é a religião de Constantino.
– O imperador romano?
– Isso.
– Por quê?
– Porque foi Constantino quem começou a montar de novo tudo o que Jesus Cristo havia desmontado.
– Como assim?
– Jesus ensinou que não precisamos mais de templos, sacerdotes, sacrifícios e dias sagrados. Ensinou que Deus é espírito e importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade.
– Isso é o que vocês dizem que é fazer da própria vida um ato de adoração?
– Isso mesmo.
– E o tal do Constantino?
– Então: foi ele quem começou a construir templos dedicados a Deus, oficializou um dia da semana para os cultos, inventou que prestar culto a Deus é uma coisa que se faz nos templos, nomeou sacerdotes, e começou essa confusão que você está vendo.
– Então isso que vocês explicaram não tem nome?
– Tem.
– E qual é?
– Evangelho.
– Ah, já ouvi falar, mas pensava que era a mesma coisa que Cristianismo.
– Mas não é.
– Sei.
– …
– Mas tem mais uma coisa que não estou entendendo.
– O que é?
– Só mais uma pergunta.
– Pode fazer.
– Por que é que inauguraram um Templo de Salomão em São Paulo?
– Não sabemos.
– Mas eles também não são seguidores de Jesus Cristo?
– Também não sabemos, pergunte para eles.
quarta-feira, 26 de março de 2014
Justiça se faz com amor
Ed René Kivitz
“Quando eu falo da pobreza todos me chamam de cristão, mas quando eu falo das causas da pobreza me chamam de comunista. Quando eu falo que os ricos devem ajudar os pobres me chamam de santo. Mas quando eu falo que os pobres têm que lutar pelos seus direitos, me chamam de subversivo”.
Estas palavras de Dom Hélder Câmara retratam ainda hoje a opinião de muita gente. Mas atribuir a luta pelos direitos dos pobres e o engajamento pela justiça social aos ideários ideológicos da esquerda implica desonestidade intelectual, ignorância ou má fé.
Sendo verdadeiro que praticar a justiça é dar a alguém o que lhe é de direito, precisamos nos perguntar de onde vem o direito humano de ter direitos. A resposta da tradição judaico-cristã se encontra já na primeira página da Bíblia Sagrada: “criou Deus o homem à sua imagem e semelhança” [Gênesis 1.26,27].
A tradição rabínica ensina que, ao criar um só homem, Deus criou todos os homens. Em cada ser humano está toda a raça humana. A noção da igualdade intrínseca entre todos os seres humanos é a base de sustentação de todos os direitos humanos. Todo mundo tem direito a ter direito. O direito de um ser humano é direito de todos os seres humanos.
Portadora da imago Dei, a vida humana tem valor divino, e, justamente por isso, Deus é seu maior guardião: “Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado” [Gênesis 9.5,6].
A justiça, nos termos de equidade entre todos os seres humanos, é usada para afirmar a identidade de Deus e apresentá-lo a Israel. Timothy Keller enxergou que “o Deus da Bíblia se diferenciou dos deuses de todas as outras nações como um Deus que defende os fracos e faz justiça aos pobres”: “Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível [...] que defende a causa do órfão e da viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e roupa” [Deuteronômio 10.17-19], e também: “Ele defende a causa dos oprimidos e dá alimento aos famintos. O Senhor liberta os presos, o Senhor dá vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos” [Salmo 146.7,8].
A justiça social é expressão cúltica e devocional requerida por Deus: “O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?” [Isaías 58.6,7].
A justiça social é marca distintiva dos justos de Deus: "Suponhamos que haja um certo justo que faz o que é certo e direito [...] Ele não oprime a ninguém, mas devolve o que tomou como garantia num empréstimo. Não comete roubos, mas dá a comida aos famintos e fornece roupas para os despidos. Ele não empresta visando lucro nem cobra juros. Ele retém a sua mão para não cometer erro e julga com justiça entre dois homens [...] Aquele homem é justo” [Ezequiel 18.5-9]. Jó foi apresentado na Bíblia não apenas como um homem bom, mas como justo (tzadik), que praticava a justiça (tzedaká).
A justiça social é critério para o julgamento das sociedades e das nações: “Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma: Ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados” [Ezequiel 16.49]. Também Jesus sublinhou a justiça social como régua para juízo: “Eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram” [Mateus 25.31-46].
O cuidado dos órfãos, das viúvas, dos pobres e dos estrangeiros, isto é, pessoas em situação de vulnerabilidade, não é opcional diante de Deus: “Assim diz o Senhor: Administrem a justiça e o direito: livrem o explorado das mãos do opressor. Não oprimam nem maltratem o estrangeiro, o órfão ou a viúva; nem derramem sangue inocente neste lugar” [Jeremias 22.3].
Jesus era herdeiro da tradição de Israel, e seus ensinos e práticas foram coerentes com a noção de justiça da Lei e dos Profetas. A referência profética que escolheu como porta de entrada para seu ministério público deixou absolutamente clara sua agenda de solidariedade divina com o pobre, oprimido e sofredor: “O Espírito do Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória” [Isaías 61.1-3]. Digno de nota é o fato de que, ao ler a profecia de Isaías na Sinagoga de Nazaré, Jesus omite a expressão “o dia da vingança”. Seguir a Jesus implica dizer sim para a justiça que se faz com amor.
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Mensagem: A Caminho de Canaã - Ed René Kivitz
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