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"...Enquanto ensinarmos que o mundo é um lugar a ser evitado, que as mazelas humanas são fruto da ausência de Deus, que Deus não ouve os pecadores, que só a igreja evangélica é que detém os "diretos autorais" da salvação, que ser forte e inabalável é sinônimo de fé e que ser pecador é ser inimigo de Deus então ainda não entendemos o plano da salvação e o evangelho de cristo rebaixado apenas á mais uma religião...."

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Jesus e seus devotos

POR ALEX MARTINS
“Agradeço a santo Expedito pela graça alcançada”

“Agradeço a nossa senhora aparecida pela graça alcançada”

“Agradeço a Jesus Cristo pela graça alcançada”


Qual a diferença entre essas três frases? Talvez nenhuma.

Assim como existem milhares de pessoas que são devotas de santo expedito e de nossa senhora, também existem os devotos de Jesus. Onde Cristo é apenas uma possibilidade a mais de conseguir o que se deseja, da realização de um sonho ou uma necessidade suprida.

Algumas pessoas, na ganância de receber alguma coisa, pendem para o santo que tenha maior probabilidade de atender a sua prece. Fazem seus sacrifícios subindo vários degraus de uma escadaria de joelhos, andam por quilômetros carregando uma imagem de escultura, lêem a bíblia toda em 3 meses, doam um bom dinheiro á igreja ou participam de campanhas inquebráveis. Vale de tudo para conseguir o que se deseja.
Esse é tipo de relacionamento religioso que existe em todas as culturas: Divindades recebendo oferendas e devotos aguardando resposta.

Nós cristão também vivemos sob esse cenário tentando agradar a Deus com nossas consagrações, jejuns, orações, rituais e campanhas. Ainda o tratamos como uma divindade prestes a explodir em fúria e que precisa de sacrifícios constantes para sua ira ser aplacada e abençoar seus seguidores.

Mas a bíblia diz que nossa justiça é como um trapo de imundícia perante Deus. Para quem não sabe, trapo de imundícia era uma pano que as mulheres usavam antigamente  quando estavam menstruadas e na falta de nosso moderno absorvente, usavam um pano que era conhecido como trapo de imundícia. E é à essa podridão que Deus compara nossa justiça. Nossos atos mais nobres são pó diante da santidade de Deus

O primeiro passo para agradar a Deus é parar de tentar agradá-lo e começar a imitá-lo.

E aqui volto ao tema principal. Jesus não pode ser um ídolo adorado e reverenciado, pregado numa cruz ou carregado num pingente. Ele tem que ser seguido e ser tratado como um amigo vivo e um mestre presente; tem que ser Emanuel que significa Deus conosco. Próximo, e não longe lá céu apenas nos visitando periodicamente para ver como andam os sacrifícios e abençoar aos mais fieis do momento.

Ele precisa estar dentro de nosso coração, influenciando nossas atitudes, mostrando o caminho a seguir, suas palavras têm que ser levadas sério e suas ações imitadas. Quando ele não esta dentro de nós, então ele é somente um ídolo distante que precisa de devotos e conseqüentemente exige sacrifícios.

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (Apocalipse 3:20)

Jesus ainda está batendo em sua porta? E quem bate a porta está de que lado da casa?...Fora!
Mas quando ele entra, deixa de ser um estranho, um Deus distante, desconhecido.

Jesus não é uma alma penada vagando por ai, não é um espírito aperfeiçoado ou um espírito de luz, não é um homem santo que morreu e foi canonizado. Ele não é o primeiro criado, não é um deus confuso da mitologia, nem um deus irado que precise de homens bomba.

Ele não pode ser colocado no mesmo patamar de Buda, Maomé, Gandhi, Nossa senhora, Padim Cicero ou qualquer outro. Todos esses não têm poder para sair da cova. Não venceram a morte, permanecem apenas na lembrança.

Jesus tem TODO o poder nos céus e na terra, ele venceu a morte, é o único eterno. É  filho de Deus e estará conosco até a consumação dos séculos.

Diante dele todo joelho se dobrará e toda língua confessará que ele é Rei. Ateus, agnósticos, Ritler, Stalin, e todos os pseuso santos e iluminados citados acima um dia irão se dobrar e declarar que Jesus é Senhor.

Esse é o Deus que eu sirvo, mas que não me chama de servo, porém de amigo. Me trata como filho e não como devoto. Está comigo por sua  graça e amor e não por sacrifícios ou rituais. 

Ele não fundou uma religião; ele resgatou a humanidade. Se fez maldito por nós malditos e nos deu aquilo pelo qual nunca poderemos pagar,  e esse amor é unilateral não depende de nós pra existir. Só precisamos aceitar isso como real e Jesus como fonte e ponte para vida.

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