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"...Enquanto ensinarmos que o mundo é um lugar a ser evitado, que as mazelas humanas são fruto da ausência de Deus, que Deus não ouve os pecadores, que só a igreja evangélica é que detém os "diretos autorais" da salvação, que ser forte e inabalável é sinônimo de fé e que ser pecador é ser inimigo de Deus então ainda não entendemos o plano da salvação e o evangelho de cristo rebaixado apenas á mais uma religião...."

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Poder Microfoniano


Descobri que existem microfones que são fogo puro, mistério de giová, e retetétianos. Esses microfones tem em si a capacidade mística de infundir poder pentecostal naquele que segura-o em suas mãos de vaso – o poder microfoniano. Só não percebi ainda qual o fabricante deste tesouro gospel.
Por um erro de observação, até então considerava-se que quem tava “no azeite” era o vaso ou a vasa em questão. Mas não, a unção é do microfone. Se você procurar na sua memória, tenho certeza que já se deparou com uma situação mais ou menos assim:
Cena 01
Local: Uma igreja neo pentecostal fictícia
Tempo: Culto bem “avivado” (segundo o conceito de avivamento da gospelândia)
Personagens: Cantor Convidado, Dirigente do Culto, irmã do louvor, platéia.
Começa o culto com uma oração já inflamada do dirigente. Após a oração, entra a irmã do louvor para cantar uns corinhos de fogo. Canela de fogo pra cá, sapateado pra lá, e a platéia vibra. Como se em uma disputa de torcidas organizadas, o que importa é o berro mais alto, para abafar o grito do vizinho. Mas agora é pra Gezuis.
O dirigente apresenta a grande estrela do culto. Não, não é Cristo, é o Cantor Convidado mesmo, que até então está calado e entendiado. Seu silêncio é sepulcral. Nem um “aleluiazinho” de canto de boca, nem um “gloriazinho” escapado de seu lábios ungidos.
Ao apresentá-lo, o Dirigente pede uma salva de palmas pra Gezuis, como desculpa para ovacionar o convidado. E, emocionado pela presença ilustre de um LEVITA, passa a oportunidade para o mesmo.
O Cantor Convidado  levanta-se, ainda em silêncio. Mas de repente, não mais que de repente, acontece um milagre. Ao pegar no microfone, uma onda “ispritual” passa pelo seu espinhaço, e subitamente dá uma rajada de língua estranha pro teto! É fogo, é canela, é “grória”!  O Cantor Convidado, canta, pula e “profeteia”.
- Quem não abrir a boca e dar um Glória é geladeira! Não tem unção de deus!
Depois de 45 minutos de “bença”, passa a vez para o Dirigente, que reservou os próximos 5 minutos para a meditação na Palavra de Deus, que é a parte mais importante do culto, segundo ele. E curiosamente não se ouve nem mais um “aleluiazinho” do vaso que até então, era puro mistério de giová.
Fim da Cena.
O que concluiremos? É OBVIO que a unção estava no microfone, e quando o vaso colocou a sua mão ungida no poder microfoniano do microfone ungido, a unção ungidora o ungiu um pouquinho mais.  Tá faltando unção? Já tens a solução! ;)

Muito bem postado por Alcir Filho em  http://www.alcirfilho.com.br

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